Na última sexta-feira (23), a M. Dias Branco (MDIA3) reportou lucro líquido de R$ 342 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), um avanço de 2.105,8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.
Para Lucas Bonventi, da Genial Investimentos, que enxerga a empresa no caminho do sucesso, os destaques ficaram por conta do:
- Top-line estável, pautado por preços mais fracos e volumes mais fortes;
- Relevante expansão de margens na base anual, impulsionada pela queda do trigo e óleo de palma;
- Melhora na composição do mix de marcas;
- Lucro líquido trimestral recorde e acima do esperado;
- Forte geração de caixa no trimestre, o que contribuiu para a companhia encerrar o ano com geração operacional de caixa anual recorde.
Dessa maneira, a casa de análise mantém sua recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 50 para o papel e potencial de alta de 24,6%.
Nos próximos trimestres, a Genial projeta um aumento gradual nas margens devido:
- Redução nos preços do trigo e do óleo de palma, cujos efeitos, na nossa visão, ainda não foram totalmente refletidos no operacional da companhia, ainda que a maior magnitude dos impactos já tenham ocorrido;
- Contínua melhora de mix, impulsionada pelo avanço das marcas premium, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Visão do BBA para MDIA3
Na avaliação do Itaú BBA, o Ebitda ajustado da M. Dias ficou 4% acima das estimativas do banco. Para eles, os resultados do 4T23 reforçaram o impulso construtivo da empresa no curto prazo, à medida que recupera a rentabilidade em termos absolutos e participação de mercado sequencialmente.
Entre os destaques que o BBA enxerga para a companhia, estão:
- Dinâmica mais saudável no nível de faturamento, já que a empresa parece estar usando alavancas de preços para reconstruir o seu domínio da quota de mercado, enquanto os preços da indústria parecem ser racionais. Os volumes estão crescendo à medida que os estoques no varejo estão se normalizando, o que no 4T23 compensou a típica fraqueza sazonal de um quarto trimestre;
- A redução dos custos do trigo no resultado da M. Dias em 2024 poderá gerar outra rodada de ganhos de lucratividade;
- A geração de Fluxo de Caixa do Acionista (FCFE) no 4T23 foi apoiada por fortes números operacionais e trabalho saudável dinâmica do capital. Olhando para o futuro, a posição sólida do balanço da empresa, na visão do BBA, deverá abrir espaço para buscar oportunidades de fusões e aquisições.
Por fim, a recomendação do banco para a ação é neutra, com preço-alvo de R$ 46 e potencial de alta de 11,8%.
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